
A greve de ônibus começou às 5h da manhã desta quinta-feira (12) na Grande Florianópolis. O Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano da Região Metropolitana de Florianópolis) informou que a paralisação não tem hora para acabar.
“Não tem previsão de volta. A categoria não quer voltar, quer mostrar para a prefeitura e para os patrões que está unida, que eles têm que dar um reajuste e um tratamento do dia a dia decentes”, declarou Deonísio Linder, do Sintraturb, ao ND Mais.
A greve de ônibus fechou a plataforma A do Ticen, no Centro de Florianópolis, e paralisou as linhas das empresas Transol e Canasvieiras a partir da manhã desta quinta.
As empresas Biguaçu, Jotur, Estrela e Imperatriz seguiram operando, segundo a GMF (Guarda Municipal de Florianópolis). ageiros que vieram de outras cidades até o Ticen não conseguiram chegar até o trabalho.
Os trabalhadores do transporte público aprovaram a greve de ônibus em assembleia do Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano da Região Metropolitana de Florianópolis) na noite de quarta-feira (11).
O dirigente do sindicato, Ricardo Freitas, afirmou que não haveria paralisação nas primeiras horas da manhã: “Não definimos sair em greve já, então a amanhã [quinta-feira] de manhã o transporte vai ter normalidade. Mas pode ter alguma paralisação ao longo do dia”.
Greve de ônibus em Florianópolis pega ageiros de surpresa 3d2c5
Em entrevista ao repórter Márcio Falcão, da NDTV RECORD, ageiros prejudicados pela greve de ônibus criticaram a paralisação nesta manhã.
“A empresa deveria nem sair da garagem então, que daí o povo ficava em casa. Mas fazer a gente vir aqui cedo no Ticen, para ficar parado no meio do caminho, sem saber se vai conseguir seguir viagem. Eu acho um absurdo. Tem que ter mais transparência sobre isso”, reivindica Mauro Soares.

A falta de aviso também frustrou Vitória Casagrande. “Eu apoio a greve, sei que os direitos deles têm que ser reivindicados, mas podiam pelo menos ter avisado, né? Que daí a gente se organiza, não fica aqui sem saber o que fazer”, afirma a moradora da Grande Florianópolis.
Dezenas de ageiros recorreram ao transporte por aplicativo, como a trabalhadora doméstica Jerusa Aparecida: “A gente não tem como ir para o serviço, porque não tem ônibus. A gente fica parada sem saber o que fazer. Estou tentando arrumar um Uber, mas está muito caro”.
A greve de ônibus pode afetar outros seis municípios além de Florianópolis: São José, Biguaçu, Palhoça, Governador Celso Ramos, Santo Amaro da Imperatriz e São Pedro de Alcântara.
Prefeitura anuncia vans privadas como alternativa à greve de ônibus 2y5l6z
A Prefeitura de Florianópolis autorizou a circulação de transportes alternativos, como vans privadas, em caso de paralisação provocada pela greve de ônibus. No entanto, ainda não há oferta ou maiores informações sobre o serviço na cidade.

A gestão municipal informou na manhã desta quinta-feira que só haverá transporte alternativo “quando tiver necessidade”, visto que a paralisação é temporária. Os ageiros deverão pagar para usá-lo e o custo ainda não foi definido.
“A istração acompanhou as negociações entre sindicato e Consórcio Fênix, colaborando em tudo o que era possível para evitar possíveis danos à população”, disse a prefeitura em nota.
Greve de ônibus na Grande Florianópolis pressiona por reajuste salarial 5f2u4g
A decisão sobre a greve de ônibus na Grande Florianópolis foi anunciada após horas de assembleia, realizada próximo ao Ticen, na noite de quarta-feira (11), em que houve a rejeição às propostas patronais.
A categoria estava em estado de greve desde o dia 30 de maio. No período, a circulação do transporte público não foi afetada.

Dentre as reivindicações da categoria, estão o pedido por mais cobradores nos ônibus, um reajuste salarial, melhorias nas condições de trabalho e no plano de saúde.
A greve dos ônibus na Grande Florianópolis teve seu início decretado após a categoria, concessionárias e istrações municipais não chegarem a um consenso.
A proposta mais recente do Setuf (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis), divulgada nesta quinta-feira, oferece os seguintes reajustes:
- Reajuste salarial de 8%;
- Aumento de 12,5% no vale-alimentação;
- Aumento de 77% na gratificação por dirigir e cobrar.
Em nota, o Setuf lamentou os transtornos causados aos milhares de usuários do sistema e pediu o fim das paralisações.
“As empresas aceitaram conceder um reajuste salarial acima da inflação do período, cujo índice medido pelo INPC foi de 5,32%. A proposta, que também contemplava melhorias em benefícios, foi apresentada ao sindicato dos trabalhadores e estava condicionada a não realização de paralisações”, esclareceu.
“Importante destacar que o índice inflacionário já foi pago no último pagamento referente ao mês de maio”, completa.