
“The Social Dilemma” da Netflix mostra como a internet e redes sociais se aproveitam do usuário como um produto.
Tudo que fazemos é cuidadosamente monitorado, gravado, medido e utilizado para criar algoritmos que não só nos empurrarão produtos e serviços, mas controlarão as nossas opiniões.
Usam nossa psicologia contra nós. E não só isso, com base nas informações que possuem preveem o nosso comportamento futuro se valendo da inteligência artificial e estatística.
O leitor sabia que as fake news circulam seis vezes mais rápido do que as verdades? Sabia também que o Google mostra resultados diferentes para cada pessoa com base em suas preferências? Se gostas de alguma coisa és bombardeado por ela. Sempre com o objetivo de te manter conectado.
As redes sociais se beneficiam da polarização política: quanto mais discussão online mais dinheiro para eles. Por isso a estimulam. Quem é de extrema-direita é bombardeado por notícias e fake news (não importa para eles) que confirmam o que você pensa. Se for de extrema-esquerda a mesma coisa. Ambos vão para o Facebook discutir e a rede ganha $$$. “Hackear” eleições assim? Moleza.
Todas essas verdades são ditas em entrevistas com ex-executivos das principais redes sociais e empresas de tecnologia do mundo, ou seja, quem ajudou a criar o monstro. E o documentário conta com uma parte “filme” em que um jovem (ator) vive situações descritas.
Numa geração cada vez mais ansiosa e deprimida que confunde “likes” com valores, os adolescentes ainda são os mais frágeis. Não é uma briga justa, contra centenas de engenheiros e algoritmos em supercomputadores. Aliás, é dito que os únicos negócios que têm “usuários” são a tecnologia e as drogas ilícitas. Sugiro que vejam.