Lote falsificado do remédio ‘irmão do Ozempic’ é apreendido pela Anvisa x37v

Anvisa alerta para falsificação do medicamento usado no tratamento de diabetes, que contém o mesmo princípio ativo do Ozempic e do Wegovy

Rybelsus, da Novo Nordisk, tem lote falsificado no BrasilRybelsus é a versão oral do Ozempic, também fabricado pela empresa Novo Nordisk – Foto: Divulgação/Novo Nordisk/ND

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou na terça-feira (3) a apreensão de lotes de dois medicamentos falsificados, entre eles o remédio considerado “irmão do Ozempic”. Os fármacos eram vendidos a pacientes com doenças crônicas.

Um dos medicamentos falsificados é o Rybelsus, fabricado pela farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk para tratamento de diabetes tipo 2. A Anvisa constatou, porém, que o lote M088499 não é fabricado pela empresa.

O remédio oral é comercializado em três doses de 3 mg, 7 mg e 14 mg. O Rybelsus contém semaglutida, mesmo princípio ativo do Ozempic e do Wegovy, canetas que também são fabricados pela Novo Nordisk.

Outro lote falso identificado pela Anvisa é do Ofev, medicamento em cápsulas da empresa Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda.

Os dois medicamentos que tiveram lotes falsificados se destinam ao tratamento de doenças crônicas – Foto: Divulgação/NDOs dois medicamentos que tiveram lotes falsificados se destinam ao tratamento de doenças crônicas – Foto: Divulgação/ND

O remédio, que contém o princípio ativo nintedanibe, é indicado para tratar e retardar a progressão da FPI (fibrose pulmonar idiopática). A doença grave e crônica se caracteriza pela formação de cicatrizes no tecido pulmonar, que dificultam a respiração.

Além disso, o Ofev é usado no tratamento da DPI (doença pulmonar intersticial) associada à esclerose sistêmica, também conhecida como esclerodermia.

Fabricante do Ozempic orienta como identificar produtos irregulares 164r5b

A Novo Nordisk Brasil divulgou algumas dicas para identificar medicamentos suspeitos e fazer escolhas mais seguras:

  1. A embalagem ou o remédio parecem estranhos? Preste atenção em erros, folhetos em outra língua, lacre rompido ou mudanças na aparência. Isso pode significar que o medicamento não é original.
  2. O preço está baixo demais? Os vendedores de medicamentos irregulares ou falsificados podem alegar uma redução no preço em comparação com o produto autêntico. Um preço muito inferior ao esperado deve ser um sinal de alerta.
  3. Você está comprando de um lugar confiável? Desconfie de locais fora do comum para comprar medicamentos.
  4. Como saber se um site é seguro? O site deve ter .com.br no seu endereço e fornecer informações como CNPJ, telefone e endereço da farmácia.
  5. Estão fazendo propaganda do medicamento? Anúncios de medicamentos que precisam de prescrição são proibidos no Brasil. Fique atento de propagandas, principalmente na internet e redes sociais.
  6. Quais remédios são mais sujeitos a irregularidades? Aqueles mais usados para tratar doenças graves e os muito caros são mais visados. Também podem incluir medicamentos aprovados fora do Brasil, mas que não têm autorização aqui.
  7. Um remédio manipulado pode ser irregular? Pode sim! Farmácias de manipulação precisam seguir regras rígidas e não podem formular compostos não autorizados.

“O uso de medicamentos irregulares e que não são indicados por um médico pode representar um grande risco. Isso vale tanto àqueles que não são adquiridos de fontes seguras, quanto aos que são usados sem a devida recomendação profissional”, ressalta a farmacêutica.

Rybelsus tem o mesmo princípio ativo do Ozempic e do WegovyFarmacêutica que fabrica o Ozempic alerta os riscos de comprar produtos irregulares – Foto: Shutterstock/Reprodução/ND

A Anvisa alerta para a população e os profissionais de saúde tomarem cuidado e só adquirirem remédios em estabelecimentos devidamente regularizados, sempre na embalagem completa e mediante emissão da nota fiscal.

Em caso de suspeita de falsificação, a agência reguladora orienta os cidadãos a não utilizarem o produto e a entrarem em contato com as empresas detentoras do registro para verificar sua autenticidade.

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