Término das negociações ocorre uma semana após a aprovação da fusão por parte do PSDB – Foto: PSDB/DivulgaçãoUm noivado que não chegou ao casamento. Nesta sexta-feira (13), encerraram as negociações para a união entre PSDB e Podemos para formação de uma nova sigla. Aprovado pelo lado tucano na semana ada, a fusão não conseguiu avançar devido a conflitos quanto ao comando da sigla.
O que oficialmente seria uma incorporação do Podemos pelo PSDB, já que os tucanos estão em federação com o Cidadania até maio do próximo ano. Mas, na prática, garantia o partido, seria uma fusão, que começaria com o nome PSDB+ Podemos e depois poderia ganhar nova definição.
Na quinta-feira da semana ada (5), o ninho tucano fez grande convenção nacional e aprovou por 98% dos correligionários a união entre PSDB e Podemos. O próximo o, seria o Podemos fazer uma convenção nacional, mas a sigla sequer marcou data.
União entre PSDB e Podemos 4qo5v
As negociações para a união entre PSDB e Podemos visava colocar a nova sigla entre as principais forças políticas, que perderam espaço com o crescimento do PL e do PSD e, principalmente, com a fusão entre União Brasil e Progressista.
A conclusão da fusão entre os dois partidos era vista como uma vitória de Aécio Neves, um dos principais articuladores da união entre PSDB e Podemos, que buscar retomar holofote e poder político.
Deputado federal e ex-governador de Minas, Aécio Neves era um dos principais articuladores pela união entre PSDB e Podemos – Foto: Marina Ramos / Câmara dos DeputadosO deputado federal por Minas Gerais, ao anunciar a aprovação pelo PSDB da fusão, afirmou que o objetivo era “dar ao Brasil uma alternativa no centro democrático”.
Porém, as negociações para a união entre PSDB e Podemos emperraram depois do anúncio tucano. A sugestão da sigla era que o comando do novo partido ocorresse em formato de rodízio. Porém, o Podemos não teria aceitado.
Encolhimento do PSDB 603u6
A união entre PSDB e Podemos era vista também como uma virada para os tucanos que vivem processo de encolhimento, após comandar o país por oito anos, com Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), São Paulo por quase três décadas e rivalizar com o PT durante 16 anos.
Eduardo Leite (foto) e Raquel Lyra trocaram o PSDB pelo PSD, deixando os tucanos com apenas um governador – Foto: Divulgação/Mauricio TonettoEm 2024, o PSDB elegeu 269 prefeitos, quase metade dos 525 de 2020. Nas capitais, não chegou sequer ao segundo turno. Dentro do seu maior reduto político, São Paulo, venceu em apenas 21 cidades. Já na capital, Datena teve 1,84% dos votos e a sigla ficou sem vereador pela primeira vez na história.
O partido também sofre debandada de seus quadros para outras siglas, em especial, o PSD, de Gilberto Kassab. Dos três governadores tucanos, dois já foram para o partido rival, Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Raquel Lyra (Pernambuco). A filiação de Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul) é dada como certa.
