Depois do interrogatório: Bolsonaro cita Bíblia, critica sistema e fala em retorno ao poder 4h3i5j

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais nesta terça-feira (10) para comentar sobre o interrogatório que participou no STF (Supremo Tribunal Federal). Na publicação, ele fala sobre luta contra a censura, desejo de voltar à Presidência e cita uma agem bíblica.

No Instagram, Bolsonaro afirmou ter comparecido ao Supremo com “cabeça erguida, consciência tranquila e espírito sereno de quem sabe que é inocente”. Ele disse que respondeu a todas as perguntas durante o interrogatório e não recorreu ao direito de ficar em silêncio.

“Não invoquei silêncio. Não busquei subterfúgios. Respondi a cada pergunta com transparência e convicção. Quem tem a verdade como companheira não teme ser questionado – e jamais se curva diante da injustiça”.

De acordo com denúncia da PGR, Bolsonaro seria responsável por formular e editar uma minuta que previa o estado de exceção no país, além de ter ciência do plano “Punhal Verde Amarelo”, pensado para matar Lula, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

No post de Bolsonaro, ele fez uma defesa de seu governo, citando ações como corte de impostos, investimentos em infraestrutura, combate à corrupção e proteção às liberdades individuais. “Tudo com base na Constituição”, destacou.

Ele também classificou o processo como parte de uma luta maior, que, segundo ele, representa o desejo de milhões de brasileiros por um país “mais livre, mais justo e mais forte”.

Interrogatório de Bolsonaro no STF: post do ex-presidente 4f6n4i

Encerrando a publicação, Bolsonaro usou uma citação bíblica de João 8:32: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” – e afirmou que “a História julgará cada um de nós”. Por fim, disse estar confiante de que será o “próximo Presidente da República” para, nas palavras dele, “tirar o país dessa bagunça”.

O processo de tentativa de golpe entra agora na fase final. A partir desta terça, as defesas já podem pedir a produção de provas complementares. Na sequência, será aberto o prazo para a PGR e os advogados apresentarem as alegações finais, última etapa antes do julgamento.