FOTOS: Trêmulo e com a Constituição na mão, Bolsonaro encara Moraes no STF 616h2u

Trêmulo e segurando um exemplar da Constituição Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deu início ao seu interrogatório nesta terça-feira (10), no STF. Conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, a fase faz parte da ação penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Logo no início da audiência, Bolsonaro disse que a “desconfiança, suspeição ou crítica às urnas [eletrônicas] não é algo privativo” dele. Ao ser questionado por Moraes se reconhecia a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), o ex-presidente negou: “Não procede a acusação, Excelência.”

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“Desde 2012 eu sempre lutei pelo voto impresso, sempre foi mais uma camada de proteção nas eleições, que evitasses qualquer conflito e suspeição. Urnas são inauditáveis, segundo auditoria. O sistema carece de um aperfeiçoamento”, disse Bolsonaro.

A sessão desta tarde marca a retomada dos interrogatórios dos réus considerados integrantes do “núcleo crucial”. Bolsonaro é o sexto a depor e, segundo a PGR, é apontado como figura central de uma organização criminosa que teria atuado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e manter o ex-presidente no poder.

Veja fotos do interrogatório de Bolsonaro: 5y463f

Mais cedo, Bolsonaro havia afirmado que poderia “falar por horas”, desde que “ficasse à vontade”. No entanto, o interrogatório de Bolsonaro começou de forma tensa, com respostas curtas e tom contido.

Cerca de uma hora antes da audiência, Alexandre de Moraes rejeitou o pedido da defesa de Bolsonaro para exibir vídeos durante o interrogatório. O ministro argumentou que esse tipo de material precisa ser previamente incluído nos autos para que todas as partes tenham o. Ao ser questionado sobre isso na chegada ao STF, Bolsonaro disse apenas: “Não achei nada.

Na véspera, foram ouvidos o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o deputado federal Alexandre Ramagem. Já na manhã desta terça, prestaram depoimento o almirante Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o general Augusto Heleno, que comandou o Gabinete de Segurança Institucional.