Gustavo Fidelis, de 44 anos, mora nos Estados Unidos há 15 anos e no Havaí há 4. Instrutor de mergulho e músico, o manezinho, nascido e criado em Florianópolis, contou ao portal ND+ os momentos de pânico no incêndio mais mortal dos EUA dos últimos 105 anos.
Os incêndios no Havaí começaram em 8 de agosto e mataram pelo menos 111 pessoas principalmente em torno de Lahaina.

Segundo Fidelis, seu trabalho foi derretido pelas chamas e ele se viu obrigado a estender sua visita a Florianópolis, que inicialmente seria de duas semanas.
“A operadora de mergulho para qual trabalhava não existe mais, até o barco foi derretido nas chamas junto com todos os equipamentos”, conta.

De acordo com o manezinho, um restaurante que ele também trabalha aos finais de semana foi tomado pelas chamas.
“Meus planos de fazer essa visita em Florianópolis por duas semanas agora se estendem por tempo indeterminado. Ainda quero voltar para Maui [onde ele morava] e se possível num futuro próximo. Porém dependo da esperança de que a retomada da reconstrução da cidade se desenvolva e que exista trabalho suficiente para que eu possa me manter lá”, diz.
Fidelis relata ainda que a luz na cidade tinha acabado mesmo antes do incêndio começar.
“A luz já havia acabado na madrugada anterior (de segunda pra terça). O fogo foi terça à tarde/noite”, diz.
Finalizando a entrevista o músico declarou:
“Ainda tentando acreditar que uma cidade inteira que era referência pra mim simplesmente sumiu do mapa”.
Catarinense é voluntária no Havaí 5w4n4i
Daniela Lima de Aguiar, nasceu em Florianópolis e mora há sete anos no Havaí, há cerca de 30 minutos do local com o maior pico do incêndio. Para ajudar a população, Aguiar tem compartilhado em seu perfil pessoal pedidos de ajuda, além de se voluntariar para auxiliar na entrega de mantimentos para a população.
“A gente não tem visto muito o governo. Quem está ajudando mesmo são as pessoas, são elas que estão colocando a mão na massa”, explica.

A catarinense estava em casa quando soube da notícia do incêndio. Apesar da tristeza, felizmente, a residência dela não foi atingida, pela distância do local.
“Nesse dia, inclusive, foi aniversário do meu filho. A gente estava em casa pois foi o primeiro dia de escola dele. Estávamos sem saber de nada e o nosso amigo que mora daquele lado da Ilha, mas também a 15 minutos da cidade onde foi afetada, estava conosco”, conta.
Para finalizar, Aguiar conta que, felizmente, não sabe de nenhum brasileiro que tenha se machucado no incêndio, mas diz lamentar tudo que está acontecendo no local.
Só para se ter uma ideia, segundo o governo do Havaí, nesta sexta-feira (18) já são 111 mortos e cerca de mil desaparecidos.
Gerente do governo se demite no Havaí 1v621s
De acordo com o site People, dos Estados Unidos, Herman Andaya, diretor da gerência de combate a emergências no Havaí renunciou nesta quinta-feira (17).
A renúncia do da Agência de Gerenciamento de Emergências de Maui, Herman Andaya, entra em vigor imediatamente, disse o condado de Maui. Seu posto será preenchido “o mais rápido possível”, segundo o prefeito do condado de Maui, Richard Bissen.