Remédio com princípio ativo semelhante ao da tadalafila foi comprado pelo governo argentino para presidiários – Foto: Reprodução/NDO município de Córdoba, na Argentina, foi denunciado pelo Tribunal de Contas da região por comprar remédio para tratar disfunção erétil aos presos mantidos no sistema penitenciário.
O caso veio à tona após um dos membros do Tribunal, Beltrán Corvalán, apontar o uso de recursos públicos para adquirir o produto, que tem como princípio ativo o sildenafil, usado para tratar disfunção erétil, semelhante a tadafila, muito popular no Brasil.
“É um assunto escandaloso que o Serviço Penitenciário, o governo da província de Córdoba, tenha comprado Viagra para os presos”, declarou em sua conta do X (Twitter).
Segundo ele, a despesa foi registrada em abril de 2024, ocasião em que também foram adquiridos itens como cremes hidratantes, xampu anticaspa e anticoncepcionais.
“Estamos com base nos arquivos, não há fatura, nenhum tipo de histórico médico, absolutamente nada”, acusou.
Tadalafila é usada para tratar doenças crônicas, diz governo w6s1p
Em resposta, o chefe do departamento de saúde do Serviço Penitenciário de Córdoba, Ariel Salari, afirmou que as compras seguem orientações médicas e fazem parte de tratamentos necessários.
“Dentro do serviço penitenciário de Córdoba, em toda a província, temos pacientes com hipertensão pulmonar. Esta é uma doença crônica cujo tratamento sintomático é o Sildenafil”, explicou.
Beltrán Corvalán denunciou o caso no X – Foto: Reprodução/NDSegundo Salari, os remédios são indicados por médicos de fora do sistema prisional.
Ele também justificou os cremes como parte do tratamento de detentos com psoríase e disse que a compra de preservativos é exigida por decisões judiciais e políticas de saúde para evitar doenças sexualmente transmissíveis.
“Nós nos vemos no dever de comprar preservativos para evitar doenças sexualmente transmissíveis e porque temos exigências judiciais para cumprir e garantir a saúde dos presos”, declarou.
Segundo a imprensa local, um relatório divulgado pelo governo em 2024 aponta que quatro detentos precisavam de tratamento crônico.
Caso aconteceu em Córdoba, Argentina – Foto: Reprodução/NDDois sofrem de hipertensão pulmonar e dois de hiperplasia prostática. Em 2025, o número teria caído para três presos em tratamento com o medicamento.
Salari ainda destacou que o sildenafil tem uso clínico reconhecido para hipertensão pulmonar, além de sua função mais conhecida.
“E há uma droga mais benigna, a tadalafila, que também tem efeito sobre a sexualidade, mas é indicada para hiperplasia benigna da próstata”, completou.
