
O STF (Supremo Tribunal Federal) deu início, nesta terça-feira (10), ao segundo dia de interrogatórios dos oito réus acusados de tentar dar um golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder após as eleições de 2022. O primeiro a depor nesta manhã é o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier.
Os interrogatórios estão previstos para acontecer até o dia 13 de junho, em Brasília. Todos os réus devem comparecer presencialmente, com exceção do general Braga Netto, que está preso e participará por videoconferência.
Acompanhe ao vivo o segundo dia de interrogatórios no STF: 42173o
Primeiro dia de interrogatórios 50731q
Nesta segunda-feira (9), no primeiro de interrogatórios, os depoimentos iniciaram com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e um dos delatores do caso. Durante a tarde, Cid afirmou que o general Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), entregou dinheiro vivo para financiar manifestações em frente a quartéis do Exército após as eleições de 2022.

Ainda, confirmou ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que o ex-presidente não apenas teve o à chamada “minuta do golpe”, como também fez alterações no documento.
Depois dele, o interrogatório foi ao deputado federal e ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem.
Imagens do primeiro dia de interrogatórios 2x4m4y
Próximos réus a depor no STF 58422s
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça
- Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
- Jair Bolsonaro – ex-presidente da República
- Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa
- Walter Braga Netto – ex-ministro e ex-candidato a vice-presidente
Direito ao silêncio 3753w
Pela lei, nenhum réu do núcleo 1 é obrigado a responder às perguntas. Eles podem ficar em silêncio sem que isso seja usado contra eles, ou optar por responder apenas às perguntas da própria defesa.
O que vem depois 59b2s
Depois dos interrogatórios do núcleo 1, o processo entra na reta final. A PGR e os advogados das defesas ainda podem pedir novas diligências – como ouvir mais testemunhas -, mas só se houver fatos novos.

Se nada mais for acrescentado, Moraes abrirá prazo para que acusação e defesa apresentem suas alegações finais. Com isso, o ministro deve escrever seu voto e liberar o processo para julgamento pelos outros quatro integrantes da Primeira Turma do STF: Cristiano Zanin, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia.
A expectativa é que a decisão final, com possível condenação ou absolvição, saia ainda neste ano.