Mais de 100 pontos de comércio ilegais terão que deixar áreas públicas em Florianópolis 6o2x50

Estabelecimentos ocupam espaços públicos para atividades comerciais e não aram por processo licitatório; prazo para desocupação é de 360 dias

Prédio da antiga rodoviária de Florianópolis, construído nos anos 1950, está em condições precárias – Foto: Leo Munhoz/NDPrédio da antiga rodoviária de Florianópolis, construído nos anos 1950, está em condições precárias – Foto: Leo Munhoz/ND

Mais de 100 espaços públicos ocupados por pontos comerciais ilegais terão que ser desocupados em Florianópolis. A decisão foi firmada em acordo entre o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) e a prefeitura da capital catarinense.

Os locais operavam sem licitação e devem ser desocupados em até 360 dias.  Entre os espaços, estão quiosques e trailers que ocupam praças e calçadas, além de boxes e lojas, incluindo estabelecimentos no Mercado Público do Estreito e na antiga rodoviária.

Segundo o inquérito conduzido pelo MPSC, muitos desses espaços vêm sendo utilizados de forma lucrativa, sem contrapartida ao município e contrariando a Lei de Licitações e Contratos istrativos.

A legislação determina que seja instalado processo licitatório para concessão e permissão de uso de bens públicos. O Ministério Público afirma que o processo deve visar os “princípios da impessoalidade, da legalidade e da isonomia”.

A istração municipal de Florianópolis reconheceu as irregularidades e firmou um TAC (termo de ajustamento de conduta). A prefeitura ainda se comprometeu em notificar os ocupantes ilegais em até 180 dias.

Prefeitura de Florianópolis terá 36 dias para desocupar pontos comerciais ilegais e lançar licitação. Na imagem, a antiga rodoviária, que concentra alguns desses estabelecimentos.Prefeitura de Florianópolis terá 36 dias para desocupar pontos comerciais ilegais e lançar licitação – Foto: Germano Rorato/ND

Pontos comerciais ilegais serão desocupados e devem ar por licitação d44k

Caso a istração municipal considere viável a continuidade da exploração econômica desses espaços, deverá realizar licitação pública em até 360 dias.

O TAC prevê multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento injustificado das obrigações, valor que será revertido ao Fundo para Reconstituição de Bens Lesados, do MPSC.

“O objetivo é garantir que eventuais concessões futuras sejam feitas de forma isonômica, com ampla participação dos interessados, respeitando os princípios da istração Pública”, declarou a promotora de Justiça Juliana Padrão Serra de Araújo.

Nota da Prefeitura de Florianópolis

Em nota, a Prefeitura de Florianópolis informou que está regularizando estruturas ocupadas por atividades privadas, como bancas e quiosques. A ação cumpre um TAC firmado com o Ministério Público, que cobra a adequação dessas ocupações, muitas vezes feitas sem licitação ou pagamento ao poder público.

A nota ainda reforça que o objetivo central do movimento é garantir o uso justo, legal e eficiente dos espaços públicos, assegurando que a exploração econômica do patrimônio coletivo ocorra de forma ordenada, transparente e em conformidade com o interesse público.

“Todos os ocupantes estão sendo notificados para apresentar defesa. Essa é a primeira etapa de um processo mais amplo, que pode resultar em desocupação, requalificação ou integração dos espaços a projetos estratégicos da cidade”, diz o texto.

Participe do grupo e receba as principais notícias
de economia na palma da sua mão.
Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os
termos de uso e privacidade do WhatsApp.