Superlotação em abrigo infantil de Itajaí leva MPSC a cobrar plano emergencial da prefeitura 18334o

Com superlotação, crianças estão sendo enviadas para outras cidades catarinenses

Foto de criança segurando urso de pelúcia ilustra matéria sobre superlotação em abrigo infantil.MP identificou crianças transferidas para outros municípios de SC – Foto: Divulgação/Freepik/ND

Em recomendação oficial, a 4ª Promotoria de Justiça de Itajaí aponta que o Lar da Criança Feliz está funcionando acima da capacidade permitida – com superlotação de 25 crianças para um limite de 20. Segundo o Ministério Público, isso compromete o bem-estar, a segurança e a qualidade do atendimento.

A transferência de crianças para outros municípios distantes da Comarca e da rede de proteção local é outro ponto destacado pelo MP. Segundo o órgão, essa prática viola princípios legais e dificulta o fortalecimento dos vínculos socioafetivos, além de tornar o processo de reintegração familiar mais difícil.

“Não se pode itir que a falta de estrutura local imponha a crianças em situação de extrema vulnerabilidade, obstáculos por vezes incontornáveis, no processo de fortalecimento e de retomada da convivência familiar”, afirma a promotora de Justiça Chimelly Louise de Resenes Marcon, responsável pela recomendação.

Superlotação em abrigo: MP recomenda que Itajaí tome medidas emergenciais sob risco de ação civil pública 5i2g3m

Com base no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e nas normas técnicas nacionais, o documento recomenda que o Município apresente, em até 30 dias, um plano de ação emergencial com cronograma e recursos definidos para adequar a estrutura do Lar da Criança Feliz.

Foto mostra tapete de entrada do Lar da Criança FelizPrefeitura tem prazo para se manifestar antes de ação civil pública. – Foto: Divulgação/MPSC/ND

Também recomenda, no prazo de 90 dias, a ampliação da capacidade de acolhimento por meio da criação de novas unidades, ampliação das existentes ou implementação de programas de acolhimento familiar.

Além disso, o documento orienta que se evite, salvo em casos excepcionais e com autorização judicial, o envio de crianças para outras comarcas, priorizando o atendimento em Itajaí. Outra medida requerida é a reavaliação orçamentária para garantir recursos suficientes ao fortalecimento da rede de acolhimento local.

O Município deverá informar se pretende seguir a recomendação e adotar as providências orientadas. Caso não haja resposta ou interesse do poder público de se adequar à legislação, o MPSC ingressará com uma ação civil pública.

O que diz a prefeitura 2j2tq

Em nota, o Município de Itajaí informa que está ciente da situação de superlotação no acolhimento de crianças e já está trabalhando para resolver o problema. Segundo a Prefeitura, há cerca de 10 anos o número de vagas disponíveis não é ampliado e a superlotação ocorre há pelo menos dois anos.

O Município diz ainda que não houve previsão orçamentária do último governo e que a istração Municipal está empenhada junto à Secretaria da Fazenda para fazer alterações e garantir as mudanças que estão sendo recomendadas pelo Ministério Público.

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